quarta-feira, 13 de maio de 2009

Incêndio

A calçada perde o jeito para sorrir

Os becos sussurram te, não grites mais

Os Bêbedos levantam se, afastam colo dos candeeiros

A taberna “volta logo” em grafia de esquecimento

Lutas ganhas sem o golpe do teu sangue

 

Os amantes cessam a dor do teu vinho

As putas deixam de beber as ruas

Paredes caídas por não ouvirem o choro das suas confissões

 

Vais arder, Lisboa.

 

O incêndio começa no peito de quem te criou

As chamas levam te a terna velhice

As cinzas fecundam a distancia.

 

Chora porque a sentis te.

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